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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Na Cracolândia, viciados rejeitam programa para não abandonar seus cães


Cachorros e seus donos na região da Cracolândia
Mel abraça o dono, Fabio Pereira - foto -  Ivan Pacheco


Nesta semana, a prefeitura de São Paulo lançou um novo programa para a região da Cracolândia, desta vez com uma preocupação que visivelmente está além do tratamento aos usuários de crack: batizada de operação Braços Abertos, a ação foi destinada a desmontar a "favelinha" erguida nas ruas do Centro da capital paulista. Para receber quinze reais por dia e uma vaga em um dos quatro hotéis conveniados, os viciados devem trabalhar quatro horas diárias em serviços de varrição e frequentar cursos profissionalizantes, além de estar vinculado a algum tratamento. Logo nos primeiros dias, porém, a administração municipal se deparou com uma questão inesperada: parte dos usuários não aceitou aderir ao programa porque os hotéis vetam a entrada dos seus cachorros.
O catador Cornélio Alves, de 67 anos, abriu mão de dormir em um quarto de hotel para não abandonar seu companheiro Cabeção. Acompanhado do cão, ele caminha pelas ruas da Cracolândia empurrando uma carroça com papelões e placas de metal. “Não vou para nenhum hotel porque não posso deixá-lo”. Há dezessete anos na Cracolância, Alves já teve oito cachorros – todos encontrados na rua. “A gente divide a comida. Já passei o Natal três vezes com ele. Só eu e ele comendo peru na calçada”, disse.
Orlando Paulo Barreto, de 35 anos, também não quer sair das ruas por causa do vira-latas Mário, que percorre a Cracolândia em um carrinho de supermercado. Nesta sexta-feira, ele foi até um dos centros de apoio montados pela prefeitura no local para dar banho no cão. “Ele é como um filho para mim”, diz.
Fonte : Abril Cultural - revista Veja

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