Direitos Animais é um conceito onde todos ou alguns animais são capazes de possuir a suas
próprias vidas; onde eles vivem por que deveria ter, ou têm, certos direitos morais; e onde
alguns direitos básicos deveriam estar contemplados em lei. A visão dos defensores dos
direitos animais rejeita o conceito onde os animais são meros bens capitais ou propriedade
dedicada ao benefício humano. O conceito é freqüentemente usado de forma confusa com o
bem-estar animal, que é uma filosofia que acredita que a crueldade empregada em animais é
um problema, mas que não dá direitos morais específicos à eles.
A filosofia dos direitos animais não sustenta necessariamente a premissa de que animais
humanos e não-humanos são iguais. Por exemplo, os defensores dos direitos animais não
defendem o direito de voto para galinhas. Alguns ativistas também fazem distinção entre
animais sencientes e auto-conscientes e outras formas de vida, com a crença de que somente
animais sencientes ou talvez somente animais que tenha um significante grau de autoconsciência
deveriam ter o direito de possuir suas próprias vidas e corpos, independente da
forma como são valorizados por humanos. Outros podem estender esse direito para todos os
animais incluindo todos que não tenham desenvolvido sistema nervoso ou auto-consciência.
Ativistas sustentam a idéia de que qualquer ser humano ou instituição que comodifica animais
para alimentação, entretenimento, cosméticos, vestuário, vivissecção ou outra razão qualquer
infringe contra os direitos animais possuírem a si mesmo e procurarem seus próprios fins.
Poucas pessoas poderiam negar que grandes primatas não-humanos são inteligentes, são
cientes de sua própria condição, têm objetivos e talvez tornem-se frustrados quando têm sua
liberdade podada.
Em contraste, animais como a água viva têm sistemas nervosos simples e tendem a serem
mais autômatos, capazes de reflexos básicos, mas incapazes de formular qualquer fim para
suas ações ou planejar o futuro. Mas a biologia da mente é uma grande caixa preta que clama
consideração pela existência e ausência de mente em outros animais. O neurocientista Sam
Harris aponta:
Inevitavelmente, cientistas tratam a consciência como mero
cérebro grande. O problema, entretanto, não é sobre o cérebro, como ele sobreviveu como
sistema físico, através do que é o portador peculiar, a dimensão interna de cada um de nós
experiência como consciência em seu próprio caso.... A definição operacional de consciência....
é
mar consciente? Não há ciência que dê conta da consciência com reportabilidade que irá
oferecer uma resposta a esta questão. Para olhar para a consciência no mundo com base em
seus sinais externados é a única coisa que podemos fazer. E então, quando nos sabemos
muitas coisas sobre nós mesmos [e outros animais] em termos anatômicos, psicológicos e
evolucionários, nós não estamos tendo idéia do porque é "parecido com algo" para ser o que
somos. O fato do universo ser iluminado onde você está, o fato de seus pensamentos, modos e
sensações terem uma característica qualitativa é um absoluto mistério.
O debate de direitos animais se parece muito com o debate sobre aborto, se complica pela
dificuldade em estabelecer um corte claro de distinções entre a base moral e julgamentos
políticos. O padrão relacional humano/não-humano é profundamente enraizado na pré-história
e nas tradições.
Oponentes dos direitos animais têm tentado identificar diferenças moralmente relevantes entre
humanos e animais que pudesse justificar a atribuição de direitos e interesses aos primeiros e
não aos últimos. Variadas distinções entre humanos já foram propostas, incluindo a posse da
alma, a habilidade de usar a linguagem, auto-consciência, um alto grau de inteligência e a
habilidade de reconhecer os direitos e interesses alheios. Entretanto, tais critérios encontram
dificuldades onde eles não parecem ter aplicação em todos ou somente os humanos: cada um
poderia ser aplicado para alguns, mas não para todos os humanos, e também alguns animais.